Bolão
abre apostas sobre placar do impeachment
- 13/04/2016 11h15
- Brasília
Carolina
Gonçalves – Repórter da Agência Brasil
Enquanto aguardam a definição
sobre os últimos detalhes para a votação do impeachment da presidente
Dilma Rousseff, deputados da oposição que querem seu afastamento abriram hoje
(13) um bolão “democrático”. As apostas, que custam R$ 100, se referem ao
placar de domingo (17), quando está prevista a decisão final da Câmara sobre o
processo. Encabeçado pelos deputados do Solidariedade Paulinho da Força (SP) e
Carlos Manato (ES) o bolão vai premiar apenas quem acertar integralmente o
resultado.
“Se ninguém acertar, o dinheiro
vai ser doado para caridade”, afirmou Manato. A brincadeira dos parlamentares,
que têm marcado manifestações quase diárias em prol do impeachment,
começou com sete apostas, mas Manato afirmou que serão “pelo menos 10 páginas”
no final e garantiu que a base governista será convidada a participar. Por
enquanto, as apostas são de 370 a 396 votos favoráveis ao processo contra uma
média de 110 votos contrários, mas até o momento, aliados ao Planalto ainda não
aceitaram a brincadeira.
Paralelamente, oposição e governo
aguardam a decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
sobre a ordem de chamada dos deputados para votação nominal do processo de
admissibilidade do pedido de impeachment. Paulinho da Força afirmou que
a tendência é que o peemedebista acabe decidindo por uma chamada por região,
começando no Sul e terminando no Norte e Nordeste do país.
Cunha tem minimizado a
importância desta regra no processo, mas a base aliada acusa Cunha de tentar
manipular a votação para influenciar o resultado em prol do afastamento de
Dilma. O temor de governistas é que os parlamentares favoráveis acabem falando
primeiro e isto possa influenciar o resultado. Hoje, o vice-líder do PT na
Casa, Henrique Fontana (RS), reafirmou que será ilegal a chamada por região. Para
o gaúcho, se o Supremo Tribunal Federal (STF) não decidiu sobre o processo,
Cunha deveria adotar o procedimento do período do impeachment de
Fernando Collor, quando a chamada foi por ordem alfabética.
Edição: Maria
Claudia
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