terça-feira, 20 de setembro de 2016

Dinheiro bem empregado



Paralimpíadas: 98% dos medalhistas receberam bolsa atleta do governo
  • 20/09/2016 23h06
  • Brasília





Gésio Passos - Repórter do Portal EBC
O Brasil realizou a melhor campanha em Paralímpiadas da história, na Rio 2016, apesar de não ter atingindo a meta de chegar entre os cinco primeiros em ouros do quadro de medalhas. Foram 72 medalhas conquistadas por 103 atletas em esportes coletivos e individuais.

Para chegar a essa meta, o país investiu mais de R$ 99 milhões em 5.191 bolsas para atletas com deficiência, do esporte escolar até a alto rendimento, segundo informações do Ministério do Esporte. O governo federal afirma que o programa de incentivo é o maior do gênero no mundo. O programa se mostra fundamental para a performance do país nos Jogos.
Saiba Mais
Da delegação total de 289 brasileiros na Rio 2016, 262 (ou 90,65%) tiveram patrocínio de bolsas atletas durante o último ciclo paralímpico, entre 2012 e 2016. Dos 103 medalhistas brasileiros, 101 receberam bolsas do governo durante esse período. Apenas dois medalhistas do futebol de cinco, Maurício Tchope, o Dumbo e Felipe Sabino não receberam a bolsa no período. O nadador Ruan de Souza, bronze no Rio, apesar de não receber bolsa em 2016, foi contemplado pelo programa de 2012 a 2014.

Para o judoca veterano Antônio Tenório, prata no Rio e vencedor de outras cinco medalhas paralímpicas, “o Brasil tem que continuar investindo nesses atletas e confiando na grande potência do paradesporto. Se parar de investir, nosso rendimento vai cair". O craque Ricardinho, do futebol de 5 e tricampeão olímpico, disse que “de 2013 para cá, tivemos aumento nos recursos para o esporte paralímpico, e as modalidades evoluíram. Temos que melhorar, pois as outras seleções estão evoluindo e não queremos ficar para trás. Esperamos que o próximo ciclo continue neste crescendo”.

Em comparação, nos Jogos Olímpicos do Rio, 358 (76,9%) dos 465 atletas participantes receberam bolsa atleta. Dos 49 atletas que conquistaram 19 medalhas, 20 homens (40,8% do total), dois do vôlei e 18 do futebol, não receberam apoio do programa bolsa atleta. O futebol masculino é a única modalidade que não é apta a receber o apoio do programa.

Segundo informações do Ministério do Esporte, a bolsa atleta é o único patrocínio de 96% dos atletas olímpicos e paralímpicos. Desde 2005, quando o programa foi criado, foram investidos mais de R$ 600 milhões em 43 mil bolsas. O ministro Leonardo Picciani informou, após os Jogos, a continuidade do projeto de bolsas e que o orçamento para preparação de atletas será ampliado de R$ 505 milhões para R$ 656 milhões, em 2017.

Outros aportes
O governo ainda realizou convênios de R$ 72 milhões com confederações e com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Além disso, com recursos públicos, foi construído o Centro de Treinamento Paralímpico, inaugurado em São Paulo, em agosto, com o valor de R$ 187 milhões, administrados também pelo CPB.

Edição: Jorge Wamburg e Luiz Cláudio Ferreira Fonte/ Portal EBC

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

É, golpe de Estado

'Golpe de Estado' estava anunciado 'há tempos', diz Mujica sobre impeachment de Dilma
Redação | São Paulo - 01/09/2016 - 12h11
Para ex-presidente e atual senador do Uruguai, julgamento do processo de Dilma Rousseff no Senado nesta quarta 'foi uma gigantesca pantomina'
  

O ex-presidente e atual senador do Uruguai, José Pepe Mujica, afirmou nesta quarta-feira (31/08) que o processo de impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência brasileira foi consumado com “um golpe de Estado que estava anunciado há tempos”.
Em um ato convocado pelo PIT-CNT (Plenário Intersindical de Trabalhadores - Convenção Nacional de Trabalhadores) em apoio à ex-mandatária brasileira em Montevidéu, Mujica afimou que Dilma foi destituída em razão de “manobras” executadas pelos setores de direita do Brasil.
Roberto Stuckert Filho/ PR
Mujica e Dilma durante encontro em 2014 no Brasil
Segundo Mujica, “a oposição brasileira é democrata quando lhe convém, não aceitaram a derrotas nas urnas”.




De acordo com ele, a destituição de Dilma ocorreu porque a ex-presidente não cedeu às pressões para “encobrir” políticos acusados de corrupção.