Petrobras
tem lucro líquido de R$ 370 milhões no segundo trimestre de 2016
- 11/08/2016 19h42
- Rio de Janeiro
Cristina
Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
A Petrobras teve um lucro líquido
de R$ 370 milhões no segundo trimestre deste ano. O número é positivo em
relação aos três primeiros meses de 2016, quando registrou prejuízo de R$ 1,2
bilhão. Segundo a empresa, vários fatores contribuíram para o resultado: a
redução de 30% nas despesas financeiras líquidas, o crescimento de 7% na
produção total de petróleo e gás natural, o incremento da receita com aumento
de 14% nas exportações de petróleo e derivados e redução de custos com
importações de gás natural, despesas com o programa de incentivo ao
desligamento voluntário (PIDV); e o impairment (desvalorização) de ativos do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Os números foram encaminhados
hoje (11) pela companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e estão sendo
explicados em entrevista da diretoria da Petrobras, na sede da empresa, no
Centro do Rio.
Diretoria da Petrobras divulgou resultados da
estatal no segundo trimestre de 2016
Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Ainda de acordo com o balanço, o
fluxo de caixa livre foi positivo pelo quinto trimestre consecutivo (R$ 10.8
bilhões). O total é 3,5 vezes maior que o registrado no primeiro trimestre de
2016, quando ficou em R$ 2.4 bilhões. Lá o resultado sofreu impacto da maior
geração operacional e da redução dos investimentos.
A Petrobras informou ainda que o
endividamento bruto caiu 19%. Saiu de R$ 493 bilhões, em 31 de dezembro de
2015, para R$ 397,8 bilhões, uma redução de R$ 95,3 bilhões. O endividamento líquido
passou de R$ 392,1 bilhões para R$ 332,4 bilhões, uma queda de 15%.
No primeiro semestre de 2016, a
companhia teve prejuízo de R$ 876 milhões, especialmente, por causa da redução
do lucro operacional e do aumento das despesas financeiras líquidas. O lucro
bruto teve queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a
R$ 43,8 bilhões. A empresa informou que houve diminuição na receita de vendas,
em função da queda de 7% nas vendas de derivados no mercado doméstico,
parcialmente compensada pelas maiores margens de diesel e gasolina.
Outro fator que contribuiu para a
menor receita de vendas foi a queda nos preços das exportações de petróleo e
derivados, a redução da geração e dos preços de energia elétrica, além do recuo
do volume de gás natural comercializado no mercado interno.
Conforme a Petrobras, a queda nos
preços de petróleo e nas vendas houve menores custos com importações e
participações governamentais no Brasil, mas ocorreu um aumento da depreciação
devido à redução das estimativas de reservas, principalmente pela queda dos
preços de petróleo. Isso, no entanto, foi parcialmente compensado pelo menor
saldo de ativos em função das perdas por impairment (desvalorização do ativo)
em 2015.
Edição: Fábio
Massalli
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