Turquia
amplia a repressão contra autores da tentativa de golpe
- 17/07/2016 13h01
- Washington
José
Romildo – Correspondente da Agência Brasil
O presidente turco, Tayyip Erdo
an, prometeu hoje (17) “limpar” os postos e cargos do governo ocupados por
dissidentes, comandantes militares e soldados identificados com a tentativa de
golpe de Estado, ocorrida sexta-feira (14). O governo confirmou que, até o
momento, mais de 6 mil pessoas foram presas.
Entre os presos está o general
Bekir Ercan Van, comandante de uma base aérea turca usada por forças
norte-americanas para lançar ataques sobre terroristas no Iraque e na Síria.
Também foi preso o general Ozhan Ozbakir, comandante de uma guarnição no
sudoeste da Turquia.
Segundo o presidente Erdogan, o
objetivo da limpeza é retirar de suas funções todos os servidores civis e
militares que apoiam o clérigo Fethullah Gulen, residente nos Estados Unidos,
acusado pelo governo turco de ter orquestrado a tentativa de golpe. O
presidente turco disse que o “grupo Gullen” é o responsável pela o que ele
chamou de “ruína” das forças armadas.
Erdo an também disse que a
Turquia vai solicitar ao governo norte-americano a extradição do clérigo, que
vive no estado americano da Pensilvânia.
As relações turco-americanas
passam por momento de estremecimento depois das acusações do presidente Erdogan
de que o clérigo estaria por trás do golpe de estado. Por causa disso, o
Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou um comunicado negando
qualquer ligação do governo norte-americano com os eventos.
"Insinuações públicas ou
reclamações sobre qualquer papel dos Estados Unidos na fracassada tentativa de
golpe são totalmente falsas e prejudiciais para as nossas relações
bilaterais", disse o Departamento de Estado, na mensagem.
Segundo o secretário de Estado,
John Kerry, a Turquia deve produzir provas da culpabilidade de Gülen. E
acrescentou: “Gostaríamos de convidar o governo da Turquia, como sempre fazemos,
para nos apresentar qualquer evidência legítima” que permita iniciar uma
investigação a respeito.
Edição: Aécio
Amado
Nenhum comentário:
Postar um comentário