México vai recorrer a
drones na busca por 43 estudantes desaparecidos em 2014
- 30/10/2015 10h44
- Cidade do México
Da Agência Lusa
A Procuradoria-Geral da República do México
anunciou que vai utilizar ‘drones’ na nova etapa de buscas pelos 43 estudantes
desaparecidos há um ano. “Uma das reivindicações que tem sido feita pelas
famílias diz respeito ao uso de tecnologias nas bucas. Eles pedem, por exemplo,
e especialistas [internacionais] também, o uso de drones e de uma
tecnologia que permite detectar cavidades na terra”, disse ontem (29) o
subprocurador de Direitos Humanos, Eber Omar Betanzos, em conferência de
imprensa.
Estes elementos “vão ser usados por parte da
Procuradoria-Geral da República nas ações de busca que lhe competem”, disse.
Eber Omar Betanzos disse que os drones (aeronaves não tripuladas),
solicitados pela Procuradoria já estão prontos para ser usados.
Por outro lado, Bentazos contou que se reuniu na
terça-feira com Carlos Beristain, do Grupo Interdisciplinar de Especialistas
Independentes designado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)
para colaborar nas investigações do caso, e com Omar Gómez, secretário-executivo
do mesmo grupo.
O objetivo da reunião foi estabelecer as bases do
plano de trabalho a ser desenvolvido com o grupo, durante o meio ano de
extensão do seu mandato no México, explicou Eber Omar Betanzos.
Enfatizou que independentemente de o prazo vir a
ser prorrogado, a Procuradoria vai continuar a investigar. “E, com isto, quero
também mencionar que o facto de a prorrogação ser de seis meses não significa
necessariamente que a investigação termine em seis meses”.
A CIDH anunciou, nesta quinta-feira, que o grupo de
especialistas selecionado para investigar o desaparecimento dos 43 estudantes
da escola de professores de Ayotzinapa, no município de Iguala, estado de
Guerrero, continuará a trabalhar no caso até 30 de abril de 2016, período que
pode ser estendido.
Na noite de 26 de setembro de 2014, e após
violentos incidentes que provocaram seis mortos entre os jovens, os estudantes
de uma escola do magistério primário foram entregues por policiais a membros do
grupo Guerreros Unidos, que tem ligações com o narcotráfico, e supostamente os
assassinaram e incineraram, ao confundi-los com membros de um gang
rival.
Há cerca de um ano, a Agência Brasil
publicou um especial sobre o assunto. Confira aqui.
Edição: Talita Cavalcante
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