Carlos
Alberto Torres, capitão do Tri, completaria 74 anos
17/07/2018
às 11:46 | Assessoria CBF
Líder da Seleção que buscou o Tricampeonato mundial
em 1970, no México, Carlos Alberto Torres foi um dos maiores laterais da
história do futebol
Créditos:
Arquivo Nacional Fundo Correio da Manhã
Carlos Alberto Torres. Impossível escrever,
ler e ouvir este nome sem ser imediatamente levado a pensar na elegância, na
classe irretocável, na liderança, na excelência. Eternamente na memória dos
apaixonados pelo futebol, Capita completaria 74 anos nesta terça-feira (17).
Um dos maiores laterais-direito de todos os
tempos, Carlos Alberto Torres foi um verdadeiro marco com a camisa da Seleção
Brasileira. Quando envergava a Amarelinha, os gramados se tornavam palco de uma
relação inquestionável: pareciam feitos um para o outro – Capita e a Verde e
Amarela. Pela Seleção, foram 68 partidas e nove gols anotados.
A maior conquista pela Seleção será lembrada
e exaltada enquanto houver um torcedor apaixonado pelo futebol: a Copa do Mundo
de 1970. Líder da equipe que buscou o Tricampeonato no México, Carlos Alberto
Torres foi um gigante no torneio. Seis vitórias em seis partidas, além de um
gol antológico na decisão contra a Itália. A coroação do Capita veio com a taça
Jules Rimet apertada em suas mãos e erguida sobre a cabeça, em meio a um Azteca
encantado com a magia do futebol brasileiro. Além do título mundial, o craque
conquistou a Copa Rio Branco e a Taça Oswaldo Cruz (ambas em 1968) e a medalha
de ouro do Pan-Americano de 1963.
Brilhante
também nos clubes
Carlos Alberto Torres iniciou sua carreira no
Fluminense-RJ e também defendeu Santos-SP, Botafogo-RJ e Flamengo-RJ. No
exterior, foi companheiro de Pelé no New York Cosmos. Por onde passou, sempre
demonstrou a liderança e a categoria refinada que marcaram sua carreira e
trouxeram títulos ao currículo: bicampeão da Taça Brasil pelo Peixe (1965 e
1968), além de ser tricampeão carioca com o Tricolor das Laranjeiras (1964,
1975 e 1976).
Fora
das quatro linhas
Como treinador, manteve o brilhantismo dos
tempos de atleta. Esteve à frente de diversos clubes do Brasil e de fora do
país, com grande destaque para as conquistas do Campeonato Brasileiro de 1983,
pelo Flamengo-RJ, e a Copa Conmebol de 1993, pelo Botafogo-RJ.
Mesmo longe dos gramados, o Capita não deixou
de contribuir para o desenvolvimento do futebol brasileiro. Foi comentarista
esportivo, trazendo todo conhecimento adquirido em uma vida dedicada ao
esporte. Posteriormente, foi membro do Comitê de Reformas das CBF, onde
participou ativamente nas discussões e resoluções para definição do calendário
da temporada de 2017.
Carlos Alberto Torres morreu em 25 de outubro
do ano passado, vítima de um infarto.
Sempre será um prazer recordar a sua
história, Capita! A CBF, o futebol brasileiro e os apaixonados pelo esporte
agradecem.