Vinícius
Júnior vira única opção de Rueda para mudar jogos do Flamengo
Diogo
Dantas
Não haverá mais oportunidades como a final da Copa
Sul-Americana para o Flamengo desfrutar do talento e do poder de decisão de
Vinícius Júnior. No entanto, a jóia de 17 anos, vendida ao Real Madrid, se
transformou neste fim de temporada na única arma do técnico Reinaldo Rueda para
mudar os jogos da equipe.
Com as ausências de Guerrero, Berrío e Everton, o
ataque ganhou a juventude de Vizeu e Paquetá, e Vinícius se transformou em
jogador de segundo tempo. Tanto que jogou mais partidas que os companheiros de
pouca idade, mas esteve menos minutos em campo.
Com o placar de 2 a 1 na Argentina para o
Independiente, a esperança do jogador e de muitas vozes no clube é que Rueda
entenda que o Flamengo já está perdendo e precisa reverter no Maracanã. O
treinador normalmente alega que Vinicius entra para dar mais profundidade à
equipe, situação de fim de jogo.
A tese de que Vinícius Júnior não aguentaria jogar
90 minutos, cena que viveu com Rueda apenas duas vezes, não é bem digerida pela
torcida. Na prática, o velocista pode estar em campo o jogo todo, mas precisa
dosar a energia. Por característica, o jogador se movimenta muito e se desengata
nas arrancadas no mano a mano. Peca na marcação.
Fato é que com o talento do jogador em campo o
Flamengo foi mais incisivo nas últimas partidas. Normalmente, Vinicius entra
com o time perdendo ou precisando da vitória. Foi assim na maioria de seus 43
jogos em 2017. E será assim na final no Maracanã. A questão é quantos minutos
ele jogará.